quinta-feira, 10 de março de 2022

Petrobras anuncia aumento nos preços da gasolina

A Petrobras anunciou que fará ajustes nos seus preços de venda de gasolina e diesel para as distribuidoras, a partir dessa sexta-feira (11). Em nota divulgada à imprensa, a empresa informa que "vai no mesmo sentido de outros fornecedores de combustíveis no Brasil que já promoveram ajustes nos seus preços de venda". Ainda de acordo com a empresa, que "após serem observados preços em patamares consistentemente elevados" foi necessário fazer o reajuste.

 A nota diz ainda que não há risco de desabastecimento de combustíveis no país. "Após 57 dias sem reajustes, a partir de 11/03/2022, a Petrobras fará ajustes nos seus preços de venda de gasolina e diesel para as distribuidoras", informou a estatal, em comunicado.

 A partir desta sexta-feira (11), o preço médio de venda da gasolina para as distribuidoras passará de R$ 3,25 para R$ 3,86 por litro, um aumento de 18,8%. Para o diesel, o preço médio passará de R$ 3,61 para R$ 4,51 por litro, uma alta de 24,9%. Para o GLP, o preço médio de venda do GLP da Petrobras, para as distribuidoras foi reajustado em 16,1%, e passará de R$ 3,86 para R$ 4,48 por kg, equivalente a R$ 58,21 por 13kg. O produto não era reajustado há 152 dias e custa atualmente em média no país R$ 89,99 a R$ 110,64 o botijão de 13 kg, segundo pesquisa da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). 

 Preço final nas bombas e distribuidoras Vale lembrar que o valor final dos preços dos combustíveis nas bombas depende também de impostos e das margens de lucro de distribuidores e revendedores. Segundo a ANP, o preço médio da gasolina no país ficou em R$ 6,577 na semana encerrada no dia 5. Já o do diesel, em R$ 5,603. Mudanças na política de preços O mercado segue de olho em medidas do governo para conter a alta dos preços dos combustíveis para os consumidores. Sem consenso para a análise, o Senado adiou na quarta-feira (9), pela terceira vez, a votação de dois projetos com o objetivo de conter a alta de preços dos combustíveis. 

 Desde 2016, a Petrobras passou a adotar para suas refinarias uma política de preços que se orienta pelas flutuações do preço do barril de petróleo no mercado internacional e pelo câmbio. O presidente Jair Bolsonaro, mirando a campanha à reeleição, tem indicado, porém, que não deve deixar a estatal brasileira repassar integralmente a alta do petróleo no mercado internacional aos preços do mercado interno. 

 O petróleo Brent, principal referência internacional, já acumula alta de mais de 45% no ano, e chegou a alcançar US$ 139 na segunda-feira (7). Levantamento divulgado no começo de março pela Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) mostrou que os valores médios de diesel e gasolina da Petrobras nas refinarias tinham atingido 25% de defasagem ante a paridade de importação, um nível não visto há cerca de 10 anos.

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