Nos últimos dois anos o aumento nos preços de diversos produtos impactou fortemente o bolso do consumidor final. Segundo dados do “Estudo Sobre Variação de Preços dos Produtos na Pandemia”, realizado pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), o aumento real dos preços está muito acima da inflação oficial. O estudo analisou 40 produtos entre os meses de março de 2020 e outubro de 2021, e foi constatado que a média de variação de preços foi de 41,97%, ou seja, 29,44% acima da inflação oficial, que de acordo com o IBGE foi de 12,53%.
O produto que teve a maior variação de preço foi a carne bovina (kg), com um aumento de 146,23%, o que representa uma diferença de 133,70% em relação à inflação. “Na primeira edição deste estudo o vilão era o arroz, na época com uma variação de preço de 129.07%, agora temos a carne bovina como destaque de crescimento dentre os itens pesquisados. Os sucessivos aumentos nos preços mostram que a inflação sentida no bolso dos brasileiros quando vão às compras está muito acima da oficial, ainda mais se considerarmos que apenas quatro dos 40 produtos tiveram uma variação de preço menor que o IPCA”, destacou o presidente executivo do IBPT, Dr. João Eloi Olenike.
Além da carne, os produtos que apresentaram uma diferença significativa nos preços foram farinha de mandioca (kg), com 102,40%; o papel higiênico (rolo), com 89,16%; o açúcar (kg), com 77,68%; a água mineral (lt), com 73,18% e a argamassa (20 kg), com 60,18%. Apenas quatro itens pesquisados ficaram com a variação de preço menor que o IPCA do período, são eles a cueca (un) com -2,43%; a sandália (un), com -5,69%; o caderno 10 matérias (un), com -1,62%; e a caneta esferográfica (un), com -6,72%
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