Funcionários da empresa Viação Itapemirim no Ceará entraram em greve por tempo indeterminado nesta terça-feira, 15 de fevereiro de 2020.
Entre as bases afetadas estão Fortaleza, Sobral e Juazeiro do Norte.
A greve é por tempo indeterminado.
De acordo com o presidente do Sinteti (Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Transportes Rodoviário de Passageiros Intermunicipal e Interestadual do Estado do Ceará), Carlos Jefferson Martins dos Santos, em entrevista ao Diário do Transporte , a companhia administrada pelo empresário Sidnei Piva de Jesus foi oficiada dentro do prazo de 72h sobre a greve e tem reiteradamente descumprido acordos trabalhistas.
“Mais uma vez não cumpriu. Fez o pagamento parcelado dos salários de dezembro, janeiro e fevereiro. Pagou uma parte na sexta-feira e uma parte ontem. Continuam os atrasos: no Vale-Refeição são cinco meses; seis meses de cesta básica; a última parcela do 13º; férias a partir de outubro ninguém recebeu. E ela [Itapemirim] só apresentou proposta de pagamento de parte dos salários de dezembro, janeiro e fevereiro. O restante até o momento não tem nenhum calendário de pagamento”
O sindicalista disse que os funcionários só voltam a trabalhar depois dos pagamentos ou de uma proposta que seja cumprida.
“Eles [responsáveis pela Itapemirim] não cumprem nada do que acertam. Temos vários ofícios, vários acordos e eles não cumprem” – enfatizou ao lembrar também que a Itapemirim não deposita FGTS desde 2016, não havendo também depósitos de INSS.
São cerca de 50 funcionários diretos nestas bases operacionais.
O Diário do Transporte pediu posicionamento da Itapemirim que por volta das 17h25 respondeu que o acordo na última semana era somente sobre o salário de janeiro e que sobre os demais assuntos, as negociações prosseguem.
A Viação Itapemirim informa que sobre o que foi acordado na semana passada, o pagamento do mês de janeiro/2022, a empresa honrou e pagou o compromisso com seus colaboradores. Quanto às outras reinvindicações, as negociações estão em andamento.
Na última semana, por causa de atrasos nos pagamentos, funcionários da Itapemirim de diversas bases também cruzaram os braços.
Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes
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